O Grupo Movimentos do Inconsciente, em parceria com o Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM), promoveu no dia 26 de agosto (sábado), no Salão do Júri, o seminário “Forma-se um Analista”.

O encontro foi apresentado por Maria Cândida Marques e comentado por Rosilene Souza. Na oportunidade, Maria Cândida apresentou o exemplo do “médico advertido pela psicanálise”, ou seja, aquele que passou pela experiência de análise e extraiu seus efeitos. O que corresponde a oferecer a própria pele à psicanálise, se responsabilizando pelas escolhas ali produzidas.

Em sua explanação, Maria Cândida explicou que ao não considerar a subjetividade implicada no adoecimento, as formas feitas pelos protocolos médicos não alcançam a verdade do doente em relação à sua doença. “Deparei-me com a instância do amor, da palavra e do ato. Isso diz de uma ética, de uma clínica do caso a caso, na qual as respostas são construídas privilegiando a subjetividade e buscando o saber que está com o paciente, colocando-o a trabalho de dizer sobre seu próprio sintoma. Isso abre espaço para o inesperado”, explicou Maria Cândida.

A mediadora Rosilene Souza destaca o principal aprendizado do encontro. “Maria Cândida nos mostrou que em qualquer âmbito da clínica não se trata de salvar, mas de dar voz. Uma voz que seja capaz de construir soluções singulares”, destacou Rosilene Souza.