A produção propõe um intercâmbio entre a literatura e o cinema e revisita a obra de Altino Caixeta: o principal poeta do Alto Paranaíba

O filme curta-metragem “O Leão e a Rosa”, dirigido por Gustavo Oliveira, traz um olhar caleidoscópio sobre a obra do poeta Altino Caixeta de Castro, o Leão de Formosa. A obra cinematográfica será lançada no dia 10 de junho (segunda-feira), às 19h, no Auditório do Bloco N, do Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM) e terá uma sessão especial “Só para Loucos, Raros & Românticos” em 12 de junho, também às 19h, na Biblioteca Municipal João XXIII.

“O Leão e a Rosa” foi financiado com recursos do Governo Federal e do Ministério da Cultura, geridos pela Prefeitura Municipal de Patos de Minas por meio dos mecanismos da Lei Paulo Gustavo (Lei Complementar nº 195/2022). O projeto tem também o apoio do curso de Publicidade e Propaganda do UNIPAM e do Projeto Mais Cultura no Campus.

Altino Caixeta de Castro, de pseudônimo “Leão” por herança paterna e “de Formosa” pelo lugar de nascimento, nasceu em 16 de agosto de 1916. Foi farmacêutico e bioquímico, formado pela Faculdade de Farmácia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Passou a infância no Campo da Onça, morou em Patos de Minas, em Brasília e também residiu em Belo Horizonte. Faleceu em 28 de junho de 1995, em Patos de Minas.

O poeta do Alto Paranaíba lançou, em vida, dois livros “Cidadela da Rosa: Com Fissão da Flor” (1980) e “Diário da Rosa Errância e Prosoemas” (1989). De obra póstuma constam “Sementes de Sol” (2004), vários escritos inéditos e “poemas de circunstância”, compostos no calor de iluminação da palavra durante as caminhadas do autor pelas ruas da cidade.

O diretor e roteirista, Gustavo Oliveira, explica sobre a produção. “Os seis minutos de duração atravessam, no período de um dia, vários descaminhos da ‘Cidadela da Rosa’, um livro que é a antologia de outros 14, abrangendo 29 anos da vigília de escritura do poeta”, explicou Gustavo Oliveira.

Gustavo Oliveira destaca ainda que pretende levar o filme às escolas públicas e às Unidades Básicas de Saúde (UBS) em sessões interativas, com material de apoio, contendo a íntegra dos poemas interpretados na tela e sugestões de conversas sobre a presença da poesia no cotidiano. “A intenção é alcançar o máximo de pessoas, entre profissionais de saúde atuantes nas UBS e estudantes de escolas públicas como proposta extracurricular de valorização da cultura local”, destacou Gustavo Oliveira.